Teatro: A Mãe Biológica de Marilyn Monroe


    Ontem foi dia de ir ao teatro, faz-me sempre tão bem, a energia do teatro deixa-me sempre de alma lavada e enche-me o coração. O que me entristece é ter ido a uma peça que acabou de estrear e a sala estar só um quarto ocupada, entristece-me ver que as pessoas não vão ao teatro e não há desculpa dos preços, da localização, nada é desculpa. "A Mãe Biológica de Marilyn Monroe" é uma peça muito em conta e com metro ao lado.

Foto da minha autoria
    A peça "A Mãe Biológica de Marilyn Monroe" está em cena no Teatro Armando Cortez até 30 de Outubro, com as três actrizes Maria Emília Correia, Núria Madruga e Sara Salgado.

Sinopse:
    Marilyn Monroe chega uma noite a Gainsville, na Flórida, à casa onde a sua mãe biológica, Gladys Baker, uma mulher mentalmente enferma, vive na companhia de uma cuidadora, a jovem Lydia Martinez. Estamos no Verão de 1962, pouco tempo antes da morte da diva do cinema.
    O jogo das identidades entre estas três mulheres deflagra diante de nós e descobrimo-nos a testemunhar um evento cénico que nos seduz num crescendo emocionante de enigmas que aguardam resolução.
    E se a morte de Marilyn Monroe estivesse relacionada com o assassinato do Presidente John Kennedy?
    E se a mãe de Marilyn Monroe não fosse a verdadeira mãe da diva do cinema?
    E se o que você estivesse a ver não fosse exactamente o que parece ser…?
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    Uma peça que fala sobre a mãe de Marilyn Monroe (Núria Madrugada), a Gladys Baker (Maria Emília Correia) que vive com a sua empregada (que não me lembro o nome) interpretada pela Sara Salgado.

Foto da minha autoria.
    Gladys foi outrora uma mulher muito bonita que trabalhou também ela no mundo do cinema, através da manipulação de películas e muito cedo começou a sofrer de esquizofrenia, tendo uma relação com a filha muito bipolarizada. Marilyn sentiu que teve uma infância infeliz e essa infelicidade perseguiu-a até à data, sentia-se sozinha. Entre mãe e filha vão se desfiando conversas sobre a infância de Marilyn, os amores e desamores e por fim as teorias sobre a morte da grande diva da América.
    E pensamos que sabemos o que vamos ver e do que a peça se trata, mas perto do final tudo se revela bem diferente e ficamos a saber que nem tudo o que parece é na verdade e que há verdades que muito provavelmente vão ficar subentendidas. Não posso dizer muito mais senão estragaria a surpresa a quem tiver tensões de ir ver.
    Devo dizer que gostei muito do cenário, achei muito bonito, elegante e com um toque de bom gosto, requinte e glamour, adorei a interpretação das três actrizes que confesso que para mim foi o que me levou a gostar mais da peça, visto que achei o texto um pouco pobrezinho. Já o marido adorou e saiu de lá a dizer mil e uma maravilhas, ainda bem que o convenci a irmos ver.


    E por favor numa última nota, não deixem de ir ao teatro!!! Quem nunca foi, experimente e veja se gosta da experiência! A todos os que têm oportunidade por favor apoiem os artistas, assistam as peças que acharem mais interessantes, não deixem o teatro morrer e acreditem que há peças que vos podem surpreender verdadeiramente.
Ide ao teatro!


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