Tenho tanto para dizer sobre esta viagem que fiz nesta semana que passou que tenho medo de me alongar demasiado, mas vamos lá.
Começar por dizer que o nosso destino de escolha foi Creta, estávamos mais do que entusiasmados e ansiosos por conhecer a ilha grega e a uma semana de viajarmos a nossa viagem foi cancelada e tivemos que escolher um outro destino e entre alguns que vimos lá decidimos arriscar e ir para a
Ilha do Sal em
Cabo Verde.
Devo dizer que foi a primeira vez que fiz o meu passaporte e como tal o meu primeiro carimbo, foi uma sensação maravilhosa.
Estava já preparado para o choque cultural, nunca sai da Europa e os países que visitei até agora foram Espanha e ilhas espanholas e Malta, estava à espera de encontrar uma cultura bem diferente e não foi um choque assim tão grande como foi o choque que tive com o clima mal saí do avião, parecia que estava a entrar dentro de uma sauna, estava um RealFeel de 30º e passava pouco da meia noite.
Senti-me verdadeiramente feliz nesta viagem, estas férias tiveram alguma coisa de especial, além de ter adorado o clima bastante quente, adorei as paisagens, os locais que visitem e as pessoas de Cabo Verde que são todas de uma enorme simpatia, senti-me em casa. A água do mar é muito quentinha, a praia de frente ao hotel proporcionou excelentes momentos.
Talvez por essas razões também tenha deixado um pouco de lado as minhas inseguranças e os meus complexos e coloquei fotos de corpo inteiro, coisa rara, tal como uma foto minha de sorriso aberto, pois sempre tive complexos. Ajuda também o facto de que desde Janeiro, devido às minhas mudanças alimentares e algum exercício físico ter perdido 15kg (e continuo a batalhar).
Claro que também houve espaço para as ditas selfies em diversos cantos por onde passei.
Tive a oportunidade de dar um passeio pela Ilha do Sal com um excelente guia turístico, que não só nos levou pelas zonas mais turísticas como também teve a grande iniciativa de nos mostrar uma realidade da ilha mais dura, levando-nos a conhecer um dos bairros de lata, das zonas mais pobres da ilha, em que sinceramente fiquei com o coração tão pequenino que não tive coragem de fotografar, há um contraste enorme na ilha, de um lado os resorts e as praias cuidadas para turista ver e do outro a extrema pobreza e a poluição em recantos tão belos. Um momento que me deixou de lágrimas nos olhos foi ver um trio de crianças a brincar rolando apenas uns barris de plásticos pela colina de terra, tão felizes com tão pouco... (pronto não vou colocar aqui com clichés).
Estas fotos dos locais por onde passei não têm nenhuma edição nem filtros.
Murdeira
Começámos o passeio com uma visita a Murdeira, que apesar de não ser um local com muita coisa para ver, vale pela água verde clarinha, transparente que só apetece dar uns valentes mergulhos.
Palmeira
De seguida fomos visitar o porto de Palmeira, uma zona piscatória onde encontrámos alguns locais a vender os seus artesanatos, apesar de serem bastante insistentes em venderem as suas coisas, é seguro, são pessoas simpáticas, basta um jogo de cintura e conseguem passar por isso, porque é uma zona que vale muito a pena, algumas casas estão pintadas com graffitis lindíssimos.
Buracona (+ Olho Azul)
Este foi o meu sítio preferido e ao qual eu quero regressar. Buracona é uma zona rochosa com um mar de um tom azul lindíssimo que forma no seu interior uma pequena piscina natural de uma água verde muito apetecível que infelizmente não tive a oportunidade de experimentar.
Neste local também pode se verificar o fenómeno conhecido como "Olho Azul", que nos mostra a magia a acontecer na natureza.
Salinas de Pedra do Lume
Não visitámos as salinas por dentro, mas o guia levou-nos até a umas montanhas onde pudemos ter uma vista maravilhosa e privilegiada sobre as salinas, não me arrependo nada de não ter entrado nelas, além de ter poupado dinheiro, jamais poderia assistir a uma vista destas.
Visitámos todos estes locais, atravessando o deserto, tirei esta foto panorâmica:
Neste deserto o guia mostrou-nos uma miragem tal como vemos nos filmes, parecia que víamos mesmo água no horizonte e engraçado que por mais fotos que tivesse tentado não consegui captar.
Também fomos à
praia dos tubarões onde se pode entrar dentro de água para estar com eles, dizem que são inofensivos, mas nós não nos aventurámos nisso, por fim a nossa paragem foi em
Espargos, que não achei que tivesse grande coisa para ver.
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Praia de frente ao hotel |
Não dá para eu colocar aqui mais fotos porque não iria conseguir parar são tantas, deixo só aqui os souvenirs que comprei:
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2 postais, 3 ímans, 4 colares, 3 pequenos quadros feitos com areia e mais 2 ímans feitos em cortiça. |
Dicas/Conselhos:
- Nem tudo correu bem, no meu último dia de férias apanhei uma intoxicação por causa da água, portanto nunca é demais avisar, a água da ilha é dessalinizada e o nosso organismo não aguenta, portanto bebam sempre água engarrafada, evitem o gelo nas bebidas e evitem os legumes crus.
- Levem roupa de banho para Buracona (não façam como nós) e mergulhem naquela piscina natural maravilhosa, mas também levem calçado confortável porque é tudo rochoso até lá chegar.
- Não aluguem carro para conduzir, é muito confuso, é tudo deserto, sem placas nem sinalização e sem estradas propriamente ditas, mais vale contratar um motorista ou guia turístico.
- É seguro, mas os vendedores em Palmeira podem ser muito chatos e colarem-se a vocês para comprarem e algo e se decidirem comprar a um, preparem-se para vir uma meia dúzia atrás de vocês para lhes comprar algo, apesar disso são pessoas simpáticas.
- A entrada em Buracona acho que custa uns 3€ por pessoa, a entrada nas Salinas custa 5€ por pessoa.
E com tudo isto quero dizer que pretendo voltar um dia, com toda a certeza.
Deixo aqui as postagens que fui partilhando no meu perfil pessoal do instagram
thymarques
Carpe diem! =)